DOENÇA DE ALZHEIMER E RISCO DE FRATURAS DE FÊMURPROXIMAL EM IDOSOS: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA SOBREMECANISMOS DE QUEDAS E IMPACTOS ORTOPÉDICOS

Resumo

O envelhecimento populacional no Brasil tem provocado um aumento expressivo na incidência de doenças neurodegenerativas, como a Doença de Alzheimer (DA), que predispõem os idosos a quedas e fraturas, especialmente do fêmur proximal. Este estudo constitui uma revisão sistemática da literatura com o objetivo de analisar a associação entre DA, risco de quedas e fraturas de fêmur proximal, com ênfase nos mecanismos biomecânicos e impactos ortopédicos. A análise de 23 estudos revelou que a DA aumenta significativamente a probabilidade de quedas de baixa energia, frequentemente ocorridas em ambientes domiciliares e noturnos, resultando em fraturas intertrocantéricas e do colo femoral. Entre os principais fatores de risco identificados estão osteoporose, sarcopenia, polifarmácia e déficits cognitivos e motores. As fraturas associadas à DA acarretam altas taxas de morbimortalidade e comprometimento funcional, sendo que até 50% dos pacientes não recuperam sua funcionalidade pré-fratura, e a mortalidade no primeiro ano pode chegar a 30%. Intervenções precoces, estratégias preventivas e modelos de cuidado integrados são essenciais para mitigar os impactos dessa condição multifatorial.