ENVELHECIMENTO NA AMAZÔNIA BRASILEIRA: O DESAFIO

Autori

  • Rivoredo Universidade São Paulo e Centro Universitário UniFAEMA Autore

Abstract

A transição demográfica, tem com consequência o envelhecimento populacional e aumento das doenças crônicas degenerativas (DCNTs), conduzindo a uma pior sobrevida e onerando o Sistema Único de Saúde. Foram realizados 2 estudos transversais em 2 localidades distintas (Monte Negro, Rondônia: 10°15’ 6”S; 63° 17’ 14”W e Humaitá, Amazonas: 6°44’40.6″S; 62°30’16.0″W). 

A primeira população constituída de migrantes do sul/ sudeste a partir de 1980 e a segunda de pessoas que vivem às margens do rio Madeira há pelo menos 200 anos. De cada população foram estudados 2 sub-grupos, 1 composto por idosos e outro por escolares. Buscou-se averiguar a prevalência das DCNTs e seus fatores de risco. 

Monte Negro, idosos (412 pessoas >59 anos): Prevalência de Hipertensão Arterial Sistêmica Essencial-HAS (62 %), Diabetes Melittus 2-DM2 (22%). Doença Renal Crônica > Fase II-DRC II (60%), Síndrome Demencial-SD (4,5%), Dislipidemia-DIS (5%) e Obesidade-Obes (60%). 

Monte Negro, escolares (496 crianças entre 6 a 16 anos):HAS (6,7%), Obes/sobrepeso (30,2%), Dis (64%) e sedentarismo (32,2%). Humaitá, idosos (183 pessoas>49 anos):HAS (44,7%),DM2 (16,4%). DRC II (22 %), Disl (57%) e Obeso/sobrepeso (24%). Humaitá, escolares (160 crianças entre 6 a 21 anos): HAS(16,4%),Obesidade (4,4%),Dislipidemia(6,9%) e sedentarismo (18,1%). 

O fenômeno de transição epidemiológica já chegou aos recônditos da Amazônia e estratégias diferenciadas urgem para seu enfrentamento. A Estratégia Saúde da Família e a visita periódica da Unidade Básica de Saúde fluvial mostra-se ineficaz como está efetivada. São mais de 150 localidades, boa parte sem o Agente Comunitário de Saúde, muitos destes sem programa de educação continuada e sem registro de dados.

Pubblicato

2025-02-14

Fascicolo

Sezione

Resumo