HORTA EM PEQUENOS ESPAÇOS: UMA CARTILHA EDUCATIVA PARA PROMOVER BEM-ESTAR E ENVELHECIMENTO ATIVO

Autores

Palavras-chave:

Horticultura urbana; Envelhecimento ativo; Saúde e bem-estar; Educação ambiental; Promoção da saúde

Resumo

 PALAVRAS CHAVES

Horticultura urbana; Envelhecimento ativo; Saúde e bem-estar; Educação ambiental; Promoção da saúde

 

INTRODUÇÃO

A promoção do envelhecimento ativo envolve estratégias que favoreçam a autonomia, a inclusão e o bem-estar das pessoas idosas. A horticultura urbana, especialmente em pequenos espaços, constitui uma prática acessível e terapêutica, capaz de fortalecer vínculos sociais, reduzir o estresse e estimular a motricidade fina. Considerando os princípios da educação em saúde e sustentabilidade, este trabalho apresenta uma versão preliminar da cartilha “Como fazer sua horta em pequenos espaços”, desenvolvida como material educativo voltado para o público idoso. A proposta busca incentivar o cultivo doméstico de hortaliças e ervas, promovendo hábitos saudáveis, conexão com a natureza e valorização da experiência intergeracional no cuidado com o ambiente. O objetivo deste estudo é descrever o processo de elaboração da cartilha e destacar seu potencial como instrumento de educação e promoção do bem-estar entre pessoas idosas.

 

METODOLOGIA

O trabalho consistiu em uma produção técnica de natureza educacional e descritiva, fundamentada em princípios de comunicação clara e linguagem acessível. A cartilha foi elaborada com base em revisão de fontes de horticultura doméstica, sustentabilidade e jardinagem urbana, complementada por adaptações de conteúdos da Embrapa (2012) e de publicações de referência sobre cultivo em vasos e pequenos espaços. O processo envolveu a organização dos tópicos de forma sequencial — desde o preparo do solo e escolha das espécies até o manejo de irrigação e controle de pragas — ilustrados com fotografias e exemplos práticos. O design foi pensado para facilitar o uso por pessoas idosas, priorizando legibilidade, contrastes adequados, fonte ampliada e linguagem motivadora. Trata-se de uma versão preliminar, a ser validada posteriormente com o público-alvo em oficinas práticas de educação ambiental e saúde.

RESULTADOS

A cartilha resultante apresenta 14 seções ilustradas, abrangendo desde os fundamentos da horticultura até orientações sobre nutrição do solo, manejo ecológico e combinações de plantas compatíveis. O material estimula a criação de hortas em varandas, janelas, corredores e pequenos quintais, mostrando que a limitação de espaço não é barreira para o cultivo. Entre os resultados esperados, destacam-se o estímulo à autonomia da pessoa idosa, o fortalecimento de hábitos alimentares saudáveis e o desenvolvimento de atividades significativas que contribuem para a manutenção da saúde física e mental. Além disso, a proposta fomenta práticas sustentáveis e o reaproveitamento de materiais, alinhando-se às políticas de educação ambiental e envelhecimento saudável.

 

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

A horticultura terapêutica tem sido reconhecida como ferramenta eficaz para promover o envelhecimento ativo, pois estimula aspectos motores, cognitivos e emocionais. Estudos evidenciam que o contato com o cultivo de plantas contribui para a melhoria da autoestima, da socialização e da sensação de propósito na vida cotidiana (CLEMENTE; HABER, 2012). A cartilha desenvolvida apoia-se na perspectiva da Educação Ambiental Crítica, segundo a qual o aprendizado ocorre pela ação transformadora e pelo vínculo afetivo com o ambiente. Assim, propõe-se uma abordagem que integra saúde, natureza e educação, valorizando saberes tradicionais e o protagonismo da pessoa idosa no processo de construção do conhecimento.

 

CONCLUSÕES

A versão preliminar da cartilha “Como fazer sua horta em pequenos espaços” representa um recurso pedagógico relevante para ações de promoção da saúde e do envelhecimento ativo. Sua utilização em oficinas e grupos intergeracionais poderá ampliar o alcance da educação ambiental e fortalecer o senso de pertencimento e autonomia entre pessoas idosas. Futuramente, propõe-se a validação participativa do material junto a comunidades e instituições de longa permanência, bem como a avaliação do impacto sobre indicadores de bem-estar e engajamento social.

 

REFERÊNCIAS

CLEMENTE, F. M. V. T.; HABER, L. L. Horta em pequenos espaços. Brasília: Embrapa, 2012.
CANOVAS, R. Um jardim para sempre: manual prático para manutenção de jardins. São Paulo: Verão, 2017.
AGUIAR, A. Manejo de solo e adubação para plantas ornamentais. Apostila – Escola de Paisagismo de Brasília.
SABOR DE FAZENDA. O que são plantas companheiras e antagônicas. Disponível em: https://sabordefazenda.com.br/pragas/o-que-sao-plantas-companheiras-e-antagonicas/. Acesso em: 12 set. 2024.
VIVA DECORA. Horta no quintal. Disponível em: https://www.vivadecora.com.br/revista/horta-no-quintal/. Acesso em: 12 set. 2024.

 

Biografia do Autor

  • Mônica Roberta Rocha da Silva - Mestranda em Saúde Coletiva, Universidade de Brasília UNB

    Possui graduação em Comunicação Social - Relações Públicas pela Faculdade Cásper Líbero (1990) e graduação em Designer de Interiores pela Faculdade Uniplan - DF(2014). Tem curso técnico e especialização em Paisagismo pela Escola de Paisagismo de Brasília/Faculdade Juscelino Kubitschek. Quando desde 2018 na área de Educação, com ênfase em uso de insumos naturais para obtenção de produtos de arte. No Senac - Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial atuou como docente de 2019 a 2022 com pessoal em estado de vulnerabilidade com o proposito de inserção na sociedade com os Cursos de Jardinagem na Prática, também como docente no Senai - Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial, de 2023 a 2025 ministrando o curso de Jardinagem e Paisagismo e atualmente cursando o mestrado com o projeto na área da Ciência da Saúde.com a orientação da Prof.ª Dr.ª Lívia de Sá Barreto.

  • Prof.ª Dr.ª Lívia Cristina Lira de Sá Barreto, Universidade de Brasília UNB

     Professora Associada da Universidade de Brasília (UnB). Possui Graduação em Farmácia pela
     Universidade Federal de Pernambuco (2001) e Mestrado em Ciências Farmacêuticas nesta mesma
     universidade (2004). Na Universidad de Santiago de Compostela (Espanha) obteve o Diploma de Estudos
     Avançados - DEA (2006) e o Doutorado em Tecnologia Farmacêutica (2009). Foi Coordenadora de Extensão
     da Faculdade de Ceilândia (nov/21 a nov/23). Membro permanente do Programa de Pós-graduação em
     Ciências da Saúde da UnB (Capes 5). Trabalha no desenvolvimento tecnológico de produtos e processos nas
     áreas farmacêutica, cosmética e correlatos, com ênfase em Tecnologia de Produtos Naturais, Tecnologia
     Farmacêutica, Controle de Qualidade, Desenvolvimento Analítico, Estudos de Pré-formulação e Estudos de
     Estabilidade de Fármacos e Medicamentos. Possui cooperação com instituições nacionais e internacionais,
     entre elas, a Universidad de Rosario (Argentina), a Universidad de Santiago de Compostela (Espanha) e a
     Università degli Studi di Bari (Itália). Delegada da CÁTEDRA IBEROAMERICANA-SUIZA DE DESARROLLO DE
     MEDICAMENTOS (CISDEM) a partir de nov/23. Coordena e participa de diversos projetos de pesquisa,
     extensão e desenvolvimento tecnológico em andamento com orçamento superior a R$ 900.000,00. Publicou
     mais 30 artigos científicos em revistas internacionais de elevado impacto envolvendo o desenvolvimento de
     produtos e processos inovadores para a área industrial. Coordena o Programa Centro de Educação,
     Desenvolvimento e Inovação de Produtos para a Saúde - CEDIPS. (Texto informado pelo autor)

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Publicado

19.11.2025

Edição

v. 1 n. 3 (2025): II Fórum Internacional Sábias Vivências

Seção

Resumo

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