EFEITOS DA TELERREABILITAÇÃO NOS DESFECHOS FUNCIONAIS E MOTORES EM PESSOAS IDOSAS: UMA REVISÃO

Resumo

O envelhecimento populacional aumenta a necessidade de estratégias que favoreçam a manutenção da funcionalidade, independência e qualidade de vida de pessoas idosas. A telereabilitação surge como alternativa promissora para oferecer intervenções fisioterapêuticas, especialmente diante de barreiras físicas, dificuldade de acesso a serviços presenciais ou restrições de mobilidade. Este estudo avaliou os efeitos da telereabilitação em desfechos funcionais e motores de pessoas idosas por meio de uma revisão integrativa da literatura. Foram incluídos trabalhos que utilizaram recursos tecnológicos variados, como plataformas digitais síncronas e assíncronas, aplicativos móveis e programas de exercícios supervisionados a distância, com foco em força, equilíbrio, mobilidade e flexibilidade. Os desfechos foram mensurados por instrumentos validados que avaliam desempenho funcional, capacidade motora e autonomia nas atividades de vida diária. Os resultados apontam que a telereabilitação promove melhorias significativas em parâmetros motores e funcionais, apresentando eficácia semelhante à de programas presenciais. A modalidade demonstrou boa aceitabilidade e adesão entre pessoas idosas, enquanto dificuldades técnicas foram pontuais e não comprometeram os resultados, reforçando sua viabilidade para ampliar o acesso a serviços de saúde. Conclui-se que a telereabilitação é uma estratégia eficaz e segura para a promoção da funcionalidade e do bem-estar na população geriátrica. Contudo, recomenda-se a realização de estudos com amostras maiores, protocolos padronizados e análises de longo prazo para fortalecer as evidências e subsidiar a implementação clínica dessa modalidade.